Duplicidade em uma alma
Sou uma geminiana nata
Parte de mim agita; a outra, é calma
Metade te adora, metade te mata
Parte de mim diz sim com convicção
A outra parte repudia com indignação
Metade de mim é revolta, rebelião
Outra metade é comodismo, resignação
Às vezes um carinho, às vezes um carão
Às vezes escalopinho, às vezes pirão
Às vezes bom vinho, às vezes colonial limão
Às vezes o ninho, às vezes badalação
Às vezes sozinho, às vezes multidão
Às vezes desalinho, às vezes perfeição
E sendo um só duplo
sou eu mesma e sou o mundo
Admiras-te surpreso e mudo
deste imprevisível absurdo
Não gastes em vão teus argumentos
Não tentes entender o inexplicável
Não faças disto um teu lamento
porque meu ego é inexorável
( Desconheço a autoria)
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