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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Saudades

Hoje completa 9 anos que me avô Amador faleceu.
De todas as partidas que já aconteceram em minha jornada (ainda bem que foram poucas), ele é sem dúvida a que mais senti.
Me emociono ao recordar momentos da minha infância passados ao lado de vovô.
Quando ele se foi, estava com 92 anos de idade e se não fosse um câncer que teimava em tirar-lhe a vida, associado à sua não muita vontade de ficar entre nós...já que minha avó havia partido em outubro de 1996, deixando um vazio que jamais se preencheria, tendo em vista que ela fora sua companheira há mais de 60 anos.
Agradeço à Deus todos os dias por ter minha família completa (pai, mãe, irmãos, meus filhos e meu amor).
Concordo com Madre Tereza de Calcutá quando diz que a morte é o maior mistério que há.
Apesar de ser a maior certeza que todos nós temos nesta vida, vivemos como se ela nunca fosse chegar para nós ou para as pessoas que amamos...nunca estamos preparados.
Fica uma mensagem:
Oração de Santo agostinho
A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou, continua sendo o que era.
O cordão da união não se quebrou. Por que eu estaria fora de teus pensamentos, apenas porque estou fora de tua vista?
Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem...
Redescobrirás meu coração. E nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e, se me amas, não chores mais.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ainda sobre Mães

Recebi a agenda escolar de Malu ontem ( com muito atraso, já que é mês de maio), e lá se encontrava uma homenagem às mães, a qual gostei bastante. Aí vai:
Senhor,
Tu me deste a graça da maternidade, AJUDAI-ME A SER MÃE.
Eu quero ser para os meus filhos a DOÇURA, O CARINHO, O AMOR.
Mas preciso ser forte e enérgica também.
Eu desejo dar-lhes toda a minha compreensão,
Mas há horas que não sei atendê-los...
Eu tenho diversos filhos, SENHOR, cada um com um temperamento,
com preferências diversas...Mas são todos MEUS FILHOS, os filhos que me destes, para que, um dia, eu preste contas, diante de TI.
E sabes? Entre tantos segredos, vou dizer-Te mais um: - Como toda boa esposa, sou também um pouquinho mãe de meu marido...Assim tenho mais um filho no maravilhoso mundo do meu lar.
Eu não fiz grandes cursos, mas sou boa economista em minha casa.
Às vezes pratico a medicina, quando não há tempo de chamar um médico.
E sem ser professora, ainda oriento meus filhos na escola.
Também decoro o meu lar, resolvo sobre alimentação da família. Mas acima de tudo, penso nos FILHOS...
Hoje é meu dia e sei das festas que vão fazer.
Sei que vou receber uma rosa de cada filho e que eles vão pendurar no meu pescoço: "os bracinhos do meu caçula ainda são o mais belo colar que possuo." Ajuda-me pois, SENHOR!
Não te peço que me ajudes a amar ainda mais, pois meu coração transborda de tanto amor, mas permite que eu AME, CONSTRUINDO, CORRIGINDO, ABENÇOANDO...
Eu te ofereço, hoje, as minhas rosas, SENHOR, pela graça que me concedeste de SER MÃE, de verdade.

O presente precioso

Um dos meus livros preferidos é "O Presente Precioso", de Spencer Johnson ,o qual me foi indicado há anos atrás para presentear uma amiga na época da faculdade. ( Comprei para presentear, mais ainda não me dei de presente..)
Ele tem tudo haver comigo, com o estilo que tento viver e que quero para minha vida, mas confesso que é algo muito difícil saber viver o presente.
Quando era adolescente assisti "Sociedade dos poetas mortos", filme que tem relação com este tema e que também traz a lição do "presente". Foi a primeira vez que escutei a palavra " carpe diem" (Colha o dia) e adotei como minhas preferidas, (para fazer com que suas existências tenham valor vocês devem viver com intensidade cada dia que lhes é dado, cada momento que lhes é concedido, cada experiência a qual tem acesso, diz com sabedoria inconteste o ilustre mestre Keating, profesor interpretado por Robin Williams. Por isso, repete, "Carpe Diem").
Quanto ao livro, deixo um trecho para mostrar que vale a pena ler!
É bom para mim pensar sobre o passado. E aprender com meu passado. Mas não é bom para mim estar no passado. Pois é assim que perco o meu eu.
Também é bom pensar sobre o futuro. E me preparar para o futuro. Mas não é bom estar no futuro. Pois é assim também que perco meu eu.
E quando perco meu eu. Perco o que é mais precioso em mim.
Posso escolher ser feliz agora. Ou posso tentar ser feliz quando... ou se...
Sei que algumas pessoas escolhem receber o presente precioso quando são jovens.
Outras na meia-idade e algumas quando estão muito velhas.
E há pessoas, tristemente, que nunca o fazem.
Posso escolher receber o presente precioso sempre que quiser.
O presente é o que é. E é valioso.Mesmo que eu não saiba o porquê.
Quando eu vejo o presente, aceito o presente e experimento o presente. Estou bem e estou feliz.
A dor é apenas a diferença entre o que é e o que eu quero que seja.
Quando me sinto culpado por meu passado imperfeito.
Ou me sinto ansioso por meu futuro desconhecido.
Eu não vivo o presente.
Meu passado foi o presente.
Meu futuro será o presente.
Sinto dor e me faço doente e sou infeliz.
E enquanto eu continuar a permanecer no presente, sou feliz por toda a vida.
Porque toda a vida é sempre o presente.
O presente nada tem a ver com sonhos...
Quando tiver o presente você se sentirá contente de estar onde está...
O valor do presente só provem dele mesmo.
O presente não é uma coisa que alguém lhe dê...
É um presente que você dá a si mesmo...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dia das Mães

Ontem foi o dia das mães, não tive oportunidade de passar por aqui...mas quero falar sobre esta data muito importante.
Falar sobre ser Mãe é muito fácil, ser mãe com competência é muito difícil.
Eu tento ser uma boa mãe, olho muito a minha vida como referência e tento agir como eu gostaria que minha mãe tivesse sido comigo, a gente nunca quer repetir os erros dos nossos pais...na realidade minha mãe foi uma boa mãe, tendo em vista que era muito compreensiva... eu tento ser mais má do que ela...
Há um texto que ilustra bem este meu jeito de ser, ou tentar ser, pois ainda cometo erros, cedo ás vezes, quando deveria mater o meu não, abrando os castigos...mas estou aprendendo a ser mãe com as experiências do dia-a dia vividas com meus 4 filhos.
Mães más(Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra)
Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".
- As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar a mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe dissemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa ( só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
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Agora uma merecida homenagem há todas as mães do mundo, por Mário Quintana, ao qual amo de paixão!
Mãe...
São três letras apenas
As desse nome bendito
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!
Mário Quintana