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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011


Recentemente, um amigo que foi a um curso de vinhos comentou que o vinho reservado deve ser evitado, ele é inferior ao reseva ou Gran reserva e muita gente faz confusão.
Pesquisando sobre o assunto achei uma mátéria que explica bem alguns termos que podem induzir o consumidor ao erro, caso não saiba o que significam.
Vejamos:

"As leis europeias separam os vinhos de acordo com a região onde são plantadas as uvas. Para o europeu, é mais importante o terroir (palavra francesa que define o local de um vinhedo) do que a uva que originou a bebida. Na França, ninguém pede um chardonnay, mas um Borgonha branco. Ao pedir um Barolo no Piemonte italiano, o apreciador local pode nem saber que ele é feito da uva nebbiolo.

As regras na Europa definem quais uvas podem ser usadas para que um vinho mereça levar o nome de sua região – o que só pode acontecer se o vinhedo estiver dentro de uma área rigorosamente circunscrita. Assim funcionam as denominações de origem controlada (DOCs). No Novo Mundo, a liberdade é maior. O produtor pode usar as uvas que bem entender e praticar os métodos de vinificação que achar mais convenientes.

A terminologia adotada nos rótulos também é diferente. No Chile, Brasil e Argentina, por exemplo, os termos reserva, reservado, reserva de família, seleção, private selection, premium e outras não têm nenhum significado regulamentado. Resultado: os vinhos mais simples, de imenso volume de produção, são os Reservados, caso das casas chilenas Santa Helena e Concha y Toro, por exemplo. Não são vinhos ruins, mas nunca reservados. Os termos gran reserva, reserva, crianza e joven só têm significado previsto em lei na Espanha. É bom esclarecer que crianza, aqui, vem de criação, amadurecimento do vinho. O vinho espanhol joven pode ser vendido logo após o processo de elaboração. O tinto que indica crianza no rótulo teve um período de envelhecimento mínimo de 24 meses, seis deles em barricas de carvalho com capacidade máxima de 330 litros. O resto do tempo pode ficar em tanques de aço, concreto ou tonéis de madeira – ou ainda dentro da própria garrafa. Se o vinho for de Rioja ou Ribera del Duero, duas das mais conceituadas DOCs espanholas, o tempo em barrica aumenta para 12 meses. Mas a lei não prevê se são barricas novas ou usadas, o que faz enorme diferença no sabor e no aroma. O tinto reserva deve ficar na cantina por 36 meses, 12 deles em barricas de carvalho e o resto na garrafa. Já um gran reserva tinto estagia por 60 meses, 18 em barricas. Se for de Rioja ou Ribera del Duero, vai para 24 meses. Como você verá nos vinhos que escolhemos este mês, o capital empatado (uma barrica de carvalho de 225 litros custa cerca de 600 euros) por tanto tempo tem seu preço. "

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