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sábado, 19 de novembro de 2011

Vinho tinto Chianti Colli Senesi- Gattavecchi-2010- Itália


Sexta- feira passada Fernando trouxe um vinho para experimentarmos, mas como eu já havia comprado um  Pinot Noir, deixamos o Chianti para sábado.
Vinho muito fácil de agradar, foi comprada no Supermercado VerdeMar.

Sobre Chianti:

Por Ennio Federico


"Chianti é o famosos vinho tinto da região da Toscana, tradicionalmente associado com as garrafas revestidas de palha chamadas fiaschi. Durante muitos anos, essa garrafa foi popular na região por ser soprada à mão e protegida de quebras pela palha. Nos últimos 15 anos, porém, o estilo e a qualidade do Chianti mudou dramaticamente e o vinho associado com o fiasco deu lugar a outros mais modernos, entre eles alguns “fora-da-lei” chamados Super Toscanos, precursores dessa nova fase dos vinhos da região. Ao invés das garrafas empalhadas, que nem na posição horizontal podem ficar, os atuais são fornecidos em garrafas de cor marrom similares às usadas em Bordeaux, chamadas bottiglie bordolesi. É claro que o preço também acompanhou essa mudança, mas o notável ganho na qualidade se refletiu no aumento do respeito internacional.

O vinho é um blend de diversas uvas, inclusive brancas, que lhe permite ficar pronto mais cedo. No século XIX, o Barão Bettino Ricasoli desenvolveu uma fórmula específica para as uvas e que mais tarde serviu de modelo para todos os produtores de Chianti que vieram a seguir: 50-80% Sangiovese, 10-30% Canaiolo, 10-30% brancas Malvasia e Trabbiano e 5% Colorino. Atualmente limita-se o emprego de uvas brancas, pois no passado houve superprodução ocasional das mesmas e muitos dos vinhos ficaram muito leves. Desde 1996, a nova denominação D.O.C.G. para o Chianti Classico permite que se coloquem no lugar das brancas até 15% de uvas não nativas, tais como Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Nero ou monovarietais de Sangiovese. As brancas Malvasia e Trebbiano são agora opcionais e foram limitadas a 6%.

A região do Chianti cobre uma área irregular entre a Florença e Siena, definindo dois estilos diferentes de vinho. Seis áreas de plantio produzem o Chianti Normale, algumas vezes com nomes específicos dos lugares como Colli Senesi, Colli Fiorentini e Colli Arentini. A área central do Chianti é a melhor de todas e fica numa região de colinas, praticamente numa linha reta entre Florença e Siena. Esse é o distrito Classico que inclui as cidades de Radda, Castellina, Gaiole e Greve. Devido ao clima e solo superiores os melhores Chianti tradicionalmente são dessa área e por isso mesmo mais caros. Desde 1924 muitos dos produtores se uniram num Consorzio para o Chianti Classico, um modelo original para organizações similares em toda a Itália. O selo do Consórcio Chinati Classico pode ser reconhecido por um galo preto rodeado de um fundo vermelho (regular) ou dourado (Riserva).

Um Chianti Classico tem sempre graduação alcoólica mínima de 12 graus, portanto acima do Chianti comum e possui potencial de envelhecimento também superior além de ser mais rico e encorpado. É liberado a partir de 1º de Junho após a safra. O Classico Riserva deve ter no mínimo 12,5 graus de álcool e deve ser envelhecido por um mínimo de 27 meses, incluindo 3 meses de refinamento na garrafa antes do lançamento. Bons produtores selecionam parte das melhores uvas para os Riserva. A regra diz que um Chianti Riserva precisa ser envelhecido por 2 anos em tonéis de madeira, barricas ou tanques. Isto lhes dá maior concentração de fruta, mais estrutura e riqueza. A área do Chianti é muito produtiva como um todo, pois somente o distrito Classico tem cerca de 70 mil hectares de vinhas e junto com a apelação Chianti, a produção é de aproximadamente 90 milhões de litros de vinho por ano. "

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