O que acontece quando se beija?
O coração dispara podendo passar de 70 para 150 batimentos por minuto, o rosto movimenta 29 músculos, o corpo se aquece queimando até 12 calorias, a pressão arterial aumenta. O olhar, o tato, o paladar, olfato e a audição se intensificam, a produção de hormônios aumenta, o desejo sexual se intensifica e o prazer aumenta. Mas a cada beijo de língua, homem e mulher trocam 250 bactérias junto com a saliva.
Essa eletrização toda ocorre porque os parceiros se tocam em um ponto extremamente sensivel. Os lábios percebem os toques com a mesma intensidade que as pontas dos dedos, com a vantagem do apêlo erótico e com um ingrediente extra que favorece o prazer: a fantasia.
Com o estímulo do beijo o nível de serotonina no cérebro (substância neurotransmissora que dá a sensação de euforia e relaxamento) cresce. por isso, beijar na boca acalma, ajuda a liberar sentimentos reprimidos, reduz o complexo de rekeição e alivia o estresse. Tudo em questão de instantes. "Só traz vantagens", diz Aílton Amélio da Silva, professor de Psicologia da Universidade de São Paulo.
UM POUCO DO HISTÓRICO
Acredita-se que o beijo tenha surgido 500 anos antes de Cristo, época em que os amantes começaram a ser retratados nas esculturas e nos murais dos templos de Khajuraho, na Índia. Mas o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) em sua teoria das espécies, afirma que a origem dessa carícia é mais antiga.. Segundo ele trata-se de uma sofisticação das mordidas que os macacos trocavam em seus ritos pré-sexuais.
Há também uma tese de que seria uma evolução das lambidas que o homem pré-histórico dava no rosto dos companheiros para suprir a necessidade de sal de seu organismo. Ou um ato de amor da mãe na época das cavernas. Sem utensílios para cortar os alimentos elas mastigavam a comida antes de depositar na boca de seus filhos pequenos.
De lá pra cá o beijo na boca ganhou várias conotações. Na Idade Média, era visto como uma forma de selar acordos. Com a boca fechada, os homens se beijavam com firmeza. O toque leve demonstrava traição. Como tempo, foi perdendo a força devido às pestes que dizimavam populações.
Aos poucos o beijo ficou restrito ao convívio amoroso.
A AFETIVIDADE E O BEIJO
Hoje o beijo é visto por sexólogos como um dos principais ingredientes da vida afetiva. Mesmo assim, é comum os casais deixarem de se beijar à medida que o tempo passa. A paixão e a curiosidade dos primeiros meses de namoro se transformam em um sentimento mais tranquilo e, muitas vezes, acomodado.
Mas, para alguns casais, a falta do beijo é sinal de algo mais sério: a baixa na afetividade. "O beijo exige introsamento, carinho. se os dois não estão felizes um com o outro, podem até convicer, mas fica ruim se beijar. Muitas vezes o casal faz sexo, mas não se beija na boca. Falta um sentimento mais forte", explica a psicóloga Carla Zeglio, do Instituto Paulista de Sexualidade.
A questão da afetividade foi levantada pela pesquisadora inglesa Martha Stein, em 1980, ao avaliar o comportamento de 64 prostitutas. Martha assistiu, escondida em quartos de moteis, a 1230 relações sexuais. Na maioria delas não ocorreu beijo na boca, porque as mulheres temia se apaixonar. Dez anos depois, esse assunto chegou ao cinema pela prostituto vivida por Julia Roberts no filme Uma Linda Mulher.
No cinema minha cena de beijo preferida é retirada do filme: " O vento levou".
Amo a boca e o beijo do meu amor já há quase 10 anos, e me vejo assim, facilmente, para todo amanhã...
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