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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Apresentação de Beethovee pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais- Sala Minas Gerais


Há algum tempo atrás li uma matéria sobre a Sala Minas Gerais e desde então fiquei com vontade de assistir á alguma apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
A Oportunidade veio no dia 14 de agosto de 2015, dia que ficará marcado na minha memória.

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é um grupo sinfônico criado em 2008, e Belo Horizonte.
Em suas primeiras temporadas, a Filarmônica de Minas foi bem recebida pelo público e pela crítica por causa da qualidade de seu trabalho, sendo considerada uma das melhores orquestras do Brasil. Tem como Diretor Artístico e Regente Titular o maestro Fábio Mechetti.

Sob direção de Fabio Mechetti, o grupo recebeu na Sala Minas Gerais o pianista Jean-Louis Steuerman.

A programação trouxe algumas das obras mais notórias do compositor alemão Betethoven, se iniciando com a Abertura Leonora nº1 ( me emocinei bastante), e seguiu então com o Concerto nº 5, Imperador.
Encerrou o repertório uma das composições mais conhecidas da história da música, a Quinta sinfonia.

A história de Beethoven foi por mim revivida ao ler o livro que recebemos com a programação musical, confesso que já havia me esquecido que Beethoven foi ficando surdo no decorrer dos anos, chegando a perde totalmente sua audição.

Sua história é de superação, pois conseguiu fazer o que amava, mesmo faltando-lhe o sentido que à primeira vista poderia parecer essencial e, talvez, a ausência da audição foi o fato que o tenha libertado para a expressão máxima de sua obra...

Cito parte do livreto: "Se pudéssemos passar da história da música à história dos homens – não à história política, nem mesmo à história das mentalidades, mas a uma “história dos exemplos humanos”, desses que a literatura de Dickens soube pintar com raro otimismo; se pudéssemos, pois, realizar esse movimento, diríamos, em primeiro lugar, que Ludwig van Beethoven foi um grande homem. 
A maior tragédia de Beethoven foi, sem dúvida, a sua progressiva surdez. Os primeiros sinais aparecem ainda em 1798, ano de composição da Sonata para piano, op. 13 (a “Patética”). Ainda assim, mesmo com o agravamento do mal, que o levará à total perda de audição, Beethoven não sucumbe à fatalidade, nem se furta a manter-se firme em seu propósito de, pela música, testemunhar o homem. Sua surdez não explica sua obra, é certo, mas talvez a densidade de seu pensamento musical nunca chegasse a grau tão exponencial se, como nas palavras de Roland de Candé, “o silêncio exterior não lhe tivesse imposto a concentração de sua vontade numa música ideal”. Escreverá, por isso, Victor Hugo: “Esse surdo ouvia o infinito.
Sob uma perspectiva humana, ele foi exemplo de autossuperação e de entrega determinada ao cumprimento da missão da qual acreditava estar investido: a de ser, pela música, testemunha da humanidade. Por isso mesmo, ambas as coisas, em Beethoven, se confundem..."
(por MOACYR LATERZA FILHO)


A frase: " a 1ª vez a gente nunca esquece", tem tudo a ver, pois acredito que nunca esquecerei esta noite.
Fiquei encantada com o ambiente, muito agradável e confortável, com a música de alta qualidade, com a alta performance do profissionais da orquestra, que desempenharam de forma magnífica seu papel.
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais ( Beethoven).

Confesso que em alguns momentos minha mente viajou, ao escutar tamanha harmonia de instrumentos, tocados por inúmeros músicos, os quais conseguem fazer com que o conjunto funcione muito bem, pensei que se as pessoas tivessem força de vontade poderiam fazer tanta coisa boa juntas.

Pensei no Congresso Nacional e na crise que assola o país e por frações de segundos pensei, se os políticos não fossem tão egoístas, se não pensassem apenas em si, mas sim no conjunto, no país e trabalhassem para o bem da nação, quanta coisa poderiam realizar para o Brasil...

Voltando ao concerto, posso dizer que quero ir muitas outras vezes, pois descobri que tenho uma alma antiga.

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